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Crônicas por Pio Rezende

De repente, surgiu uma luz no meu caminho!

Era o ano de 1997. Meia noite e a estrada estava deserta. Eu viajava sozinho pela região conhecida como Doradinho – entre os municípios de Serranópolis e Jataí. O lugar tem muitas matas fechadas, morros e curvas. Estava voltando de Chapadão do Céu onde havia participado de um evento na Câmara Municipal. Como não quis pernoitar esse dia na cidade, resolvi seguir viagem em direção a Jataí.

Assim que percorri cerca de 60 quilômetros, me aproximei de uma grande descida. De repente: surgiu na parte alta da estrada uma luz no meu caminho! Ela era intensa e estranha. Não se movia e nem mudava de tonalidade. Tinha cor normal e bem grande; diferente das usadas nos veículos. Fiquei impressionado com a potência da luz e ao mesmo tempo intrigado.

Numa distância de aproximadamente mil metros, parecia estar estacionada bem no meio da estrada onde eu ia passar. Nessa hora, diminuí a velocidade do meu carro e comecei a prestar bastante atenção nessa luz. Enquanto mais se aproximava dela, mais misteriosa e impressionante ela ficava.

Como existem aquelas histórias envolvendo extraterrestres e disco voador, comecei a pensar que poderia estar diante de uma dessas possibilidades. Bom, aí parei o carro ainda numa certa distância da onde estava a luz e fiquei durante alguns minutos observando o comportamento dela. Tudo estava muito escuro naquela região.

Na sequência, fiz uma indagação para mim mesmo: “será que é uma nave espacial que está parada no meio da estrada?” E se eu seguir em frente e a luz for mesmo de um disco voador, como vou enfrentar essa situação?” Quais seriam os perigos que estariam correndo?”

Naquele tempo, o meu celular era o “tradicional tijolão” e não tinha nenhuma cobertura de rede na zona rural. Por isso, estava sem condições de ligar para alguma pessoa e avisar o que estava se passando comigo.

Cheguei a pensar em voltar para Chapadão do Céu e pernoitar na cidade. Mas, para isso, teria que viajar de volta cerca de 60 quilômetros numa estrada de pedras e buracos. Também, por estar muito escuro, não tinha como saber se existia uma sede de fazenda ali por perto onde pudesse me amparar. Certamente, devido ao horário, as pessoas estariam dormindo!

Pois-bem, solitário e de certa forma indefeso, as minhas opções favoráveis eram poucas naquele momento: uma situação de desvantagem. Entretanto – inesperadamente – começou a surgir em mim uma coragem muito forte! O medo e a apreensão foram saindo aos poucos. Penso que a minha fé em Deus estava se revelando! Foi quando decidi enfrentar aquela aparente adversidade.

Entrei dentro do carro, dei partida e segui em frente bem devagarinho pela estrada escura. Enquanto isso, a luz continuava parada na mesma posição. Depois de alguns instantes, a luz desapareceu completamente e mesmo assim, continuei dirigindo com bastante cautela.

Após passar por um entroncamento que dava acesso a sede de uma fazenda, deparei rapidamente com uma caminhonete parecendo ser da empresa Celg (hoje Enel). Não vi nenhuma pessoa. Porém, achei que a luz estranha que tinha visto “pudesse” ser oriunda desse veículo.

Os funcionários da empresa “poderiam” ter um farol potente e ligou ele para fazer a manutenção numa rede elétrica próxima a rodovia. Ou seja: – a caminhonete parada e com um farol possante ligado, “teria” revelado uma luz diferente... Mas, isso, é apenas uma teoria minha, pois nunca tive como comprovar a origem dessa luz. Bom, a partir daí segui na viagem com segurança e tranquilidade.

No outro dia cedo, durante o meu café da manhã comentei com os meus familiares sobre esse caso ocorrido na viagem. Penso, que esta estória vivida por mim, possa transcender na imaginação dos leitores levando-os a contemplar dessa mesma emoção!

Devemos enfrentar adversidade com a crença da coragem e sublime convicção! Fé em Deus!!!

Pio Rezende

Jornalista, Ambientalista e Editor do Jornal LIBERAIS.

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