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O Dia da Reflexão

Por Pio Rezende (Jornalista e Ambientalista)

Durante essa campanha política, cujo final se aproxima, já assistimos a comícios, debates, programas eleitorais de rádio e TV. Deparamos em nossas casas e nas ruas, com cartazes (“santinhos”), faixas, outdoors, carros de som, pesquisas de intenção de votos e diversos outros tipos de publicidade proporcionados pelos partidos que estão na disputa.

Mesmo com toda essa avalanche de propaganda, boa parte da população brasileira encontra-se dividida em relação à escolha de seus candidatos e muitos vão, ainda, decidir em quem votar no último dia das eleições.

Independente do ponto de vista e do nível cultural de cada cidadão podemos afirmar, com segurança, que todos estão cobertos de razão em estar indecisos, pois são muitas as manobras e astúcias políticas com intuito de enganar e confundir a consciência do eleitor.

Mas, se de um lado estão muitos políticos (talvez a maioria) e marqueteiros apresentando pautas maquiavélicas para tentar nos confundir, certificamos que ainda é possível definir algumas diretrizes básicas que podem auxiliar a sociedade na hora de emitir seu voto com mais confiança e racionalidade.

 

Primeiro: observar na vida pessoal do candidato, se ele mantém sua família unida e a mesma amizade com seus amigos de infância. Quem não cultiva esses dotes benevolentes, não é uma pessoa confiável, pois demonstra seu desprezo pelos valores fundamentais, e até porque nosso futuro está sempre ligado ao nosso passado.

 

Segundo: as ideias de trabalho devem ser claras, objetivas, de acordo com os anseios primordiais da população e dentro das condições de serem cumpridas. Ideias difíceis de entender e promessas meramente bonitas indicam despreparo e, sobretudo, impossibilidade de concretizá-las.

 

Terceiro: procurar entender os aspectos éticos do candidato durante a campanha eleitoral como, por exemplo, fazer críticas ao trabalho e ao nome dos seus concorrentes, utilizando-se de artifícios como trechos musicais, desenho animado (bonequinhos), artistas contando piadas políticas, etc. Esses mostram que não têm inteligência, elegância e principalmente respeito pelos adversários. No que tange à trajetória política, uma das facetas importantes que devem ser analisadas são os companheiros políticos. Quem não escolhe com ética seus aliados não pode ser digno de confiança.

Aos cargos legislativos (vereador) fazemos uma ressalva: é melhor votar nos pretendentes que de uma forma ou de outra já realizarem trabalhos comunitários. E que sejam bem conhecidos e que tenham bom relacionamento junto à sociedade. Desta forma, estaremos eliminando os chamados pára-quedistas de última hora que, na maioria das vezes, só aparecem para tirar proveito eleitoral.

Alertamos, ainda, os eleitores para que não se deslumbrem com o markentig eleitoral apresentado nas campanhas políticas milionárias, pois essas podem não refletir a realidade e espelham comprometimento com as elites arcaicas do País. Por conseguinte, pedimos ao eleitor para não votar nos seguintes “candidatos”: IBOPE, comícios luxuosos, Serpes, tapinhas nas costas, Vox Populi, Nerso da Capitinga, Data-Folha, Nilton Pinto & Tom Carvalho, fogos de artifícios, Ecope, entre outros nessa mesma conjunção. Eles geralmente são usados como uma amêndoa interativa para retroceder o raciocínio dos menos esclarecidos.

 

Portanto, amigo eleitor, quando, você deixar sua casa e se dirigir até a sessão de votação, faça uma verdadeira reflexão! Pense em sua família, nos seus amigos, na sua comunidade, no futuro da sua cidade, do seu Estado e do seu País. Não troque seu voto por nada. Procure votar certo e com independência. E vamos juntos lutar em busca de uma nação mais justa e fraterna para todos nós. Que Deus nos abençoe sempre.

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